Monday, July 25, 2005

Núvens?


De um pequeno espaço, olho atravéz de uma pequena janela para a imensidão do exterior, o céu azul e as extenças, milhares, milhões, talvez bilhões... Não sei, sei que o branco não tem fim, ele cobre o verde da Terra, amontoado um sobre o outro tentando chgar ao Céu em vão.
Afinal o que são estas "núvens"? De onde vêm? Para onde realmente vão? Ninguem sabe. Mau feitio, que elas têm, sozinhas, são belas e suáves, ternas e brancas... Mas, basta mu pequeno nada e tornam-se escuras, turbulentas, àsperas e descarregam a sua fúria em nós, impiedosamente. Tanto nos culpados quanto nos inocentes, ninguem escapa-lhes. Aqui vemos como as aparência ilúdem, como algo tão belo torna-se tão feio em meros segundos que conto enquanto, inquietante, procuro um abrigo...
Um dia encontrei-me nessa situação, à procura de um lugar, para fugir da chuva, no jardim zoológico. Vinte minutos tiveram que passar para que eu percebesse a beleza dessa fúria, aparentemente, descontrolada...

Embora fria,
Bela
Embora rude,
Bela
Embora pesada,
Bela
Embora impiedosa.

Saí do esconderijo e fui-me molhar, quando uma akegria estranha abraçou-me, proporcionando uma sensação de acolhimento. Eu tinha-me transformado na chuva.

by Princesa Sisi

Sunday, July 24, 2005

Eles


Tristeza,
solidão,
remorsos,
ressentimento,
morte,
duas vidas separadas,
filosofia,
reflexão,
irmãos,
irmãs,
livros,
incesto,
aberrações,
preto-e-branco,
fotografia,
nomes,
famílias,
raças,
religiões,
gerações,
opiniões,
artes,
culturas,
animais,
filhos,
filhas,
amantes,
vinho,
pêlos,
ossos e cabêlos,
secções,
diversões,
organizações,
insegurança,
secreções,
perdas,
sentido para a vida,
Insignificantes.
Homens


by Princesa Sisi

Saturday, July 23, 2005

Esquecimento (I)


Foste esquecida. Contra todas as vontades foste esquecida, por mim mais que ninguém. Jogos de PC, filmes, festas, churrascos, por outras raparigas, até pela fotografia te esqueci. Como é que é possível, será que tudo que sentia por ti era falso? Tudo tão superficial?
Não, não podia ser. Desmenti os meus pensamentos quando revi-te nas minhas memórias, a saudade da tua beleza voltou, tal como um soldado volta, da guerra, para a sua amada. Voltei a sentir a falta do toque suàve dos teus dedos, da tua mão, do teu corpo. O teu sorriso encehu-me de energia, o dia deixou de ser monótono. Tudo à minha volta desvanece. Agora, só tu e eu, abraçados, cara-a-cara, quero beijar-te, mas, já é tarde demais, o mundo voltou a focar-se e eu, sentado na fria cadeira da realidade.

by Princesa Sisi

Monday, July 18, 2005

Só Isso Não Chega


Dias quentes, frios ou mornos
Dias encaracolados, lisos ou ondulados
Dias chátos, desconfiados ou alégres
Dias ofercidos, convencidos ou até indiferentes
Mas é só isso que muda, nada mais
“Vai-te embora, sai daqui”
“Não, não vás, fica mais um pouco perto de mim”
“Sim, claro, está bem, pois, não me interessa”
Lingua de fora ou cara séria, amuada ou irritada
Mas é só isso que muda, nada mais
Calça azul, camisa branca
Meias verdes, ténis pretos
Gancho prata, rimel azul-escuro
Pulseira arco-íris, colar de cristo
Batôn brilhante, pele morena.
Horas de descrição e apreciação,
Mas palárvras, por certas que sejam,
Jámais serão capazes de te substituir.
Quantas saudades tenho de ti.


by Princesa Sisi

Monday, July 11, 2005

Algo mais leve??

Amanhã

Amanhã
Não irei ao parque,
Não jogarei futebol
Amanhã
Ninguem verá o meu sorriso,
a alegria nos meus olhos
Amanhã
Não escorrerá o sangue do meu nariz
Amanhã
Não terei nem medo, nem dor,
Alegria e felicidade muito menos
Amanhã
Não sentirei o cheiro dos lírios,
Não verei o branco das orquídeas,
Não saborearei o doce mel das abelhas
Amanhã
Os meus olhos não se abrirão,
Os meus ouvidos não ouvirão
Amanhã,
Será apenas um sonho
Amanhã...

by Princesa Sisi

Saturday, July 09, 2005

Aquela Luzinha de Sentimentos




Nunca pensei que algo tao desconhecido para mim, pudesse me causar tantas sensações. Uma alegria de modo nunca sentida, uma mistura de ansiedade, coragem, nervosismo, medo e um pouco de quimico X criam a alegria superpoderosa que, por muitas vezes poderá ser confundida com um dos seus componentes e não ser aproveitada ao rubro, ao seu máximo, pode não ser aproveitada até o último e melhor momento. Mas tem que se ter cuidado, se querermos, a sensação, demasiado depressa, ela se assustará e o seu segredo estará perdido, escondido e não será fácil recuperá-lo, pois não estará à nossa espera ao virar da esquina.
Assim tenho medo de ter amedrontado a fonte causadora desta alegria tão bizarra, peroucupo-me com perguntas do tipo: - será que fui longe demais? - será que fui agressivo demais? – exagerado demais? – será que fui demais? O meu receio é que sim. Receio que a fonte pode estar perdia para sempre... mas, às vezes, ainda brilha a sua luz, mesmo que fraca e breve, ela brilha e volta-me aquele desejo tão querido, tão amado, tão desperadamente insaciável.
Apesar disto, para fazer com que a fonte volte à vida é, sem dúvida, preciso sofrer. Quando chamo por ela, vezes e vezes sem conta, mas ela não responde, a minha bolha protegendora rebenta e eu fico no escuro, chamo e chamo e a única resposta que recebo é o resto que sobrou da minha voz froucha, desencorajada, desinspirada. O tempo que passa até a bolha mágica se recompor é longo e doloroso, a única coisa que quero fazer durante esse tempo é chorar, mas algo malevolo e cruel impede-me de o fazer, deixando apenas uma fracção de uma lágrima escapar pela superfície, agora, áspera do meu rosto e evaporar-se para o vazio.
É necessário, é crucial ficar no meu cantinho, no meu leito, encolhido, de olhos ligeiramente entreabertos, á espera, esgotando a paciência. Virão pensamentos involuntários: optimistas primeiro, esperançosos pouco depois e se vierem os pessimistas, então estará tudo perdido, não haverá caminho seguro de volta; nada dura para sempre e os pensamentos esperançosos não serão uma excepção. Aqui e agora entra o pessimismo, a depressão e o desespero; mas eles tambem não durarão, e depois deles virá o sentimento de raiva e ódio, pensamentos perversos e tarados. A loucura vai acabar por tomar conta de mim, precisarei de ser acorrentado e ninguem poderá chegar perto de mim, pois terá receio de ser maltratada. Nada mais penterará, nem sairá da minha mente, a luzinha vai ser colocada algures num armário esquecido da minha memória e, de-vez-enquando, elmbrar me ei de algo parecido com a fonte que, um dia eu quisera tanto para a felicidade e que acabou por desencadear a minha insanidade.


by Pricesa Sisi

Friday, July 08, 2005

Por Natureza



Por Natureza

Ondeiam os cabelos alheios
Na minha mente como um
Jazz emana a tranquilidade,
Por natureza linhas rectas
Não se forman.
Tudo quen me rodeia desnuda-se
Na minha frente.
A sensação desconfortável
Cita os meus movimentos dóceis,
Mas tímidos, mas conturbados
Nos quais apoio-me
Como a bengala do velho na paragem.
A entrega, egoista, enganadora,
Não vem nem sai de espontâneo.
O fecto toma conta do meu corpo
Mais e mais perco o contole dos tecidos,
Dos ossos, da cartilagem,
Tudo desfaz-se no meu interior.
À volta, tudo estático,
Nada move-se, nem os pássaros cantam,
Nem os peixes nadam,
Nem os ratos roem,
Nem a árvore chora.
Mais e mais pequeno torno-me,
Tudo escurece, sinto o nada absoluto
Até que por fim desapareço,
Evaporo, desfaleço e, Tudo à minha volta, volta a viver.


by Princesa Sisi